Sem imagem

Fulanos e Sicranos

Neto Fagundes

Compartilhar:

Bm F#7 Bm


                      F#7                                       Bm
Pensei que fosse um galope, um sonho de à trote acariciando de toda
                                           F#7                     Bm
Esta milonga sem rima que enrodilhada nas clinas rejeita tudo que dobra
                 F#7                                       Bm
Podia ser de à cavalo este entono de galo este manejo de freio
                                           F#7                            Bm
Este olhar de posseiro que amadrinhado nos tentos, estima o suor que lhe sobra

                    F#7                                        Bm
Pensei que fossemos cúmplices, múltiplos meigos mansos soltos vagos
                         F#7                   Bm
Cabeça de gado potro e rodeio na leva dos arremates
                    F#7                                Bm
Pensei que fossemos caça, várzea, rio cheio campo quebranto
                           F#7                         Bm
Blanco, chimango peão e chibeiro, no aparte do buenas tardes

      F#7              Bm
(Ai milonga, milonga buena
     F#7              Bm
Ai milonga, milonga buena)

                    F#7                                         Bm
Podia haver mais um catre, uma rodada de mate uma noitada, um afeto
                                           F#7                     Bm
Um bem-me-quer descoberto uma qualquer novidade alheia à nossa vontade
                     F#7                            Bm
Podia haver mais que terra, pouca miséria junta carreta
                        F#7                    Bm
Soga, soiteira canga e arado, benfeitora e machado

                     F#7                           Bm
Pensei que fôssemos fruto, suco, bagaço lenha, coivara
                                     F#7                        Bm
Verde e queimada na alienação das porteiras do mata-burro à estrada
                    F#7                              Bm
Pensei que fôssemos bando, nômades músicos mouros e manos
                            F#7                       Bm
Fulanos, sicranos sábios paisanos no despertar das manadas
( )
                  F#7                                                  Bm
Talvez me faça costado outra milonga ou gateado outra figueira, outra sombra
                                          F#7                     Bm
Outra paixão sem delongas outra carícia antiga, mimosa como a saudade
                   F#7                                           Bm
Talvez nem seja preciso, usar o mesmo alarido do quero-quero teatino
                                          F#7                       Bm
Do boitatá de mangueira prá afugentar as ovelhas, arrebanhadas pro gasto

                      F#7                                     Bm
Preciso acostumar meu dom a aperfeiçoar a voz fortalecer o rebanho
                                      F#7                      Bm
Ah que tolice a minha fazendo minha vidinha, encimesmado de abraços
                    F#7                                     Bm
Preciso amamentar a fome toda dos guachos regar a sede dos pastos
                                       F#7                       Bm
Dar pérola aos porcos fazer tudo o que gosto, prá dar porfia ao passo
( )( )
  • Enviada por: Sem inscrição
  • Exibições: 1.271
  • Nº de acordes: 2