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O Vento e o Payador

Léo Almeida

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Dm


                Gm C7                  F
O vento caminhador cantava porque era vento
Bb                  Eb  A7                      Dm
Mas faltava o sentimento que vem do mundo interior
D7                    Gm G#°                         Dm
E ouvindo coplas de amor desde a mais chucra à mais doce
                     E7   A7                Dm
Porque era vento adonou-se do canto do payador

                  Gm C7                  F
A terra que me pariu do ventre da geografia
Bb                 Eb  A7                 Dm
Com certeza não sabia qual ia ser meu feitio
        D7           Gm  C7                 F
Se era campo se era rio berro, trovão ou relincho
Bb                  A7                      Dm
Ou candeeiro de bochincho queimado só no pavio

                     Gm  C7                     F
De certo a velha parteira quando me palmeou piazito
Bb                Eb  A7               Dm
Ia assoviando baixinho uma milonga campeira
                    Gm  C7                    F
Ou quem sabe a mamadeira depois que deixei o seio
Bb              Eb A7                   Dm
Era apojo de rodeio de alguma tigra campeira

  D7            Gm   C7                  F
Daí talvez essa ânsia daí talvez esse entono
Bb                   Gm  A7                   Dm
De não ter dona nem dono e me agrandar na distância
                     Gm  G#°                      Dm
Talvez daí a circunstância dos meus instintos selvagens
                        E7   A7                        Dm
De andar rastreando mensagens que se extraviaram na infância

                       Gm C7                      F
Sempre existe algum refugo por buena que a tropa seja
Bb                  Eb A7                    Dm
Vaqueano da sina andeja jamais me tornei verdugo
                       Gm G#°                    Dm
Não me vendo, não me alugo pra mim o mundo é pequeno
                   E7 A7                        Dm
E as lágrimas e sereno que a noite chora, eu enxugo
Int.
                      Gm  C7                   F
Depois de enxugar o pranto de tantas noites serenas
Bb                Eb  A7                   Dm
Foram ficando terrenas as deusas do meu encanto
D7                 Gm G#°                    Dm
Por isso quando levanto meus versos ao firmamento
                    E7         A7                     Dm
Não são mais que a voz do vento que se adonou do meu canto
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