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Taiguara

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Biografia

Cantor e compositor, Taiguara Chalar da Silva nasceu em 9/10/1945, em Montevidéu, Uruguai. Filho de Ubirajara, que tocou bandônion em vários de seus discos, e de Olga, que havia sido cantora. Seu avô, Glaciliano Correia da Silva, foi parceiro em algumas canções. Veio para o Brasil aos quatro anos, estabelecendo-se no Rio de Janeiro. Aos oito anos, ganhou um piano do avô e começou a compor aos 10. Ainda menino, incorporou diversos ritmos como a guarânia paraguaia, o samba, a bossa nova e o pop-rock. Aos 15 anos, mudou-se para São Paulo.

Começou a cantar na noite aos 18 anos, quando foi contratado pela PolyGram, gravando o primeiro LP dois anos depois.

Em 1964, teve a oportunidade de cantar no Juão Sebastião Bar, em São Paulo, onde toda quarta-feira a já veterana Claudette Soares abria espaço para músicos então iniciantes, como César Camargo Mariano, Toquinho e Chico Buarque.

Versátil, capaz de navegar por mares de diversos gêneros musicais, postou-se contra a repressão artística imposta pela ditadura militar. Em 1971, as canções do LP "Ilha" chamaram a atenção da censura. Dois anos depois, teve 11 músicas proibidas. O disco "Imyra, Tayra, Ipy, Taiguara", de 1975, teve participação especial de Hermeto Pascoal e Wagner Tiso. Para burlar a censura, as letras das músicas foram assinadas por Ge Chalar da Silva, esposa de Taiguara.

Entre 1968 a 1975, as músicas de Taiguara eram freqüentes nas rádios, com destaque para "Universo no teu corpo", "Hoje", "Viagem" e "Teu sonho não acabou".

Ainda na década de 1970, viveu na Inglaterra, França, Tanzânia e Etiópia. Estudou regência em Londres, onde gravou o LP "Let the children hear the music", em inglês. A gravadora Emi foi proibida de lançar o disco no Brasil, por ordem da Polícia Federal e só foi liberado em 1982.

Taiguara voltou ao Brasil em 1978. Nos anos 1980, aprofundou-se nas pesquisas das sonoridades africanas e paraguaias, que resultaram no disco "Brasil Afri".

Em 1990, seu último show, montado no Teatro João Caetano, com roteiro e direção de Ricardo Cravo Albin, e gravado pela extinta TV Manchete, teve repercussão nacional.

Taiguara faleceu em 14/2/1996, em São Paulo, vítima de câncer na bexiga. A morte aconteceu na época em que preparava mais um disco, com sambas sobre pobreza e a alegria de viver nos morros cariocas. Read more on Last.fm. User-contributed text is available under the Creative Commons By-SA License; additional terms may apply.