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Joanna

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Biografia

Joanna, nome artístico de Maria de Fátima Gomes Nogueira (Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 1957) é uma cantora, compositora e instrumentista brasileira.

Criada no subúrbio carioca, a carreira de cantora teve início quando da participação em festivais do interior do estado e atuou também como backing vocal de conjuntos de bailes e casas noturnas. Devido ao sucesso no programa de calouros A Grande Chance, assinou com a gravadora RCA, que posteriormente se transformou em BMG (atualmente Sony BMG), que lançaria quase todos os discos. O primeiro LP gravado foi Nascente, que vendeu oitenta mil cópias e a ele pertence o primeiro grande êxito popular da carreira, a canção Descaminhos (parceria sua com Sarah Benchimol). Joana foi uma mulher muito batalhadora, e por isso teve muito recinnhecimento em tudo o que fez.

Os discos tinham uma linha mais comercial no início da carreira, principalmente de canções para trilha sonora de telenovelas e atendendo a tendências mercadológicas e por isso, todos receberam muitas críticas negativas. Joanna consagrou-se como cantora popular através das interpretações de canções românticas, que são as mais recorrentes na carreira. As canções Recado (Renato Teixeira), seguida pelo sucesso de Espelho, Brilhante, Momentos, Quarto de hotel e Uma canção de amor (as duas últimas de autoria de Gonzaguinha, de quem gravou muitas canções especialmente para uma intérprete), Nos bailes da vida e de maior apelo popular como Amanhã talvez e Amor bandido (ambas da dupla Michael Sullivan e Paulo Massadas), foram um sucesso de execução e vendagem.

Desde a década de 1960, quando surgiram os especiais do Festival de Música Popular Brasileira (TV Record) até o final da década de 1980, a televisão brasileira foi marcada pelo sucesso dos espetáculos transmitidos; apresentando os novos talentos registravam índices recordes de audiência. Em 1980 gravou o especial Mulher 80 (Rede Globo), um desses momentos marcantes da televisão; o programa exibiu uma série de entrevistas e musicais cujo tema era a mulher e a discussão do papel feminino na sociedade de então abordando esta temática no contexto da música nacional e da inegável preponderância das vozes femininas, com Maria Bethânia, Elis Regina, Fafá de Belém, Zezé Motta, Marina Lima, Simone Bittencourt de Oliveira, Joanna, Gal Costa, Rita Lee e as participações especiais das atrizes Regina Duarte e Narjara Turetta, que protagonizaram o seriado Malu Mulher.

Valendo-se ainda do filão engajado da pós-ditadura e feminismo, cantou, ainda que com uma participação individual diminuta, no coro da versão brasileira de We Are the World, o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste Já (1985), abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de mágoa e Seca d´água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro.

O maior sucesso de vendagem foi o disco auto-intitulado de 1986, que vendeu cerca de 600 mil cópias e contou com a participação especial do grupo Roupa Nova. Este álbum levou Joanna a turnês mundiais pelos países de língua latina, onde alcançou grande sucesso e recebeu inúmeros prêmios. No álbum Primaveras e verões (1989), comemorativo dos dez anos de carreira, gravou canções de compositores habituais daquela fase, e também trouxe uma parceria sua com Cazuza: Nunca sofri por amor.

Na década de 1990, deixou o repertório comercial temporariamente de lado e se dedicou a ambiciosos projetos especiais, lançando os discos Joanna canta Lupiscínio (1994), um tributo ao compositor Lupicínio Rodrigues que vendeu cerca de 400 mil cópias e Joanna em samba-canção (1997), que trouxe diversas canções consagradas do gênero. Ambos foram produzidos por Roberto Menescal e este último originou um elogiado espetáculo que obteve excelente aceitação de público e crítica especializada. Prosseguiu com a primeira produção de um CD totalmente em uma língua estrangeira, Intimidad (1998), no qual interpretou canções consagradas do bolero latino-americano e hispânico. Produzido por Armando Manzanero e gravado totalmente fora do Brasil, este acabou por atingir a marca de 250 mil cópias vendidas.

O último trabalho neste caminho foi 20 anos (1999), comemorativo dos vinte anos de carreira, que trouxe regravações dos antigos sucessos entre outros choros e sambas de raiz inéditos. Entre os méritos este contava ser o primeiro disco ao vivo, cujo maior sucesso foi a inédita Tô fazendo falta, apresentada em duas versões; desta vez o disco acabou atingindo a marca de 210 mil cópias vendidas. No ano seguinte o CD originalmente duplo seria relançado numa versão simples pela gravadora Som Livre, que trouxe parte do repertório e ainda a inédita Nada sério regravada no disco seguinte, Eu estou bem. Na década de 1990, também lançou os discos Joanna (1991), Alma, coração e vida (1993) e Sempre no meu coração (1995), todos com grande sucesso de vendagem e execução. Inclusive a versão em CD do segundo trouxe duas faixas-bônus: Água e vinho e Fruto proibido.

Em 2001 voltou a investir no repertório comercial com o CD Eu estou bem, que mesclou canções inéditas e regravações, investindo numa incursão ao pop. A reedição deste CD contou com a canção A Padroeira, tema de abertura da novela homônima, de Walcyr Carrasco. Neste mesmo ano saiu da BMG, transferindo-se para a Sony Music, três anos antes da fusão com a antiga gravadora, onde lançou dois discos: Em Oração e Todo Acústico.

A gravação do CD Em Oração, gravado ao vivo na cidade paulista de Aparecida, rendeu o primeiro DVD da carreira cujo conceito foi uma homenagem a Nossa Senhora Aparecida, por quem desde a infância nutre uma extrema devoção. O disco seguinte, Todo acústico, trouxe regravações dos antigos sucessos entre outras canções consagradas neste formato, contando com as participações especiais de Maria Bethânia, Fagner, Jorge Aragão e o grupo KLB.

Em 2004 chegou aos vinte e cinco anos anos de carreira com o disco 25 anos entre amigos (Universal Music), e dois anos depois, veio Joanna ao vivo em Portugal, país este onde goza de grande popularidade, lançado pela Som Livre, que é o terceiro álbum ao vivo e o segundo DVD; no repertório, alguns fados e regravações dos antigos sucessos. O atual trabalho é Joanna em Pintura Íntima (2007), que novamente rendeu um DVD.

Desde o início da carreira, Joanna gravou ininterruptamente discos de grande vendagem, o que faz com que ela seja uma das cantoras brasileiras mais famosas tanto no país de origem como no exterior, como também na Argentina. Recebeu também centenas de prêmios e troféus e foi considerada na América Latina A melhor cantora do Mercado Latino, com o prêmio Ibero América dos anos 90. Já em Portugal, ela e a cantora portuguesa de fados Amália Rodrigues, ganharam prêmio similar, o Caravela de Prata.


Discografia

* 1979 - Nascente
* 1980 - Estrela Guia
* 1981 - Chama
* 1982 - Vidamor
* 1983 - Brilho e paixão
* 1984 - Joanna
* 1985 - Joanna
* 1986 - Joanna
* 1988 - Joanna
* 1989 - Primaveras e verões
* 1991 - Joanna
* 1993 - Alma, coração e vida
* 1994 - Joanna canta Lupiscínio
* 1995 - Sempre no meu coração
* 1997 - Joanna em Samba-Canção
* 1998 - Intimidad - espanhol
* 1999 - Joanna 20 Anos - ao vivo
* 2001 - Eu estou bem
* 2002 - Joanna em Oração - ao vivo
* 2003 - Todo Acústico
* 2004 - Joanna 25 anos
* 2006 - Joanna ao vivo em Portugal
* 2007 - Joanna em Pintura Íntima - ao vivo

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